No final da década de ´60, mais precisamente no ano de 1969, dois grandes ícones da música americana, Bob Dylan e Johnny Cash, se reuniram para apresentação em um programa de TV e sessões de gravação em estúdio. Essa parceria rendeu uma música incluída no álbum ‘Nashville Skyline’, de Dylan e em uma série de bootlegs que circulam mundo afora. Abaixo, transcrevo um belo texto sobre o assunto, da lavra de Rodrigo de Andrade e publicado originalmente no site ‘Os Armênios’ (um dos melhores sobre música e litaratura), em 2006. A transcrição respeita integralmente a inusitada escrita do autor e sua publicação original pode ser vista no seguinte endereço: http://www.osarmenios.com.br/2006/07/johnny-dylan/
Segue o texto:
para maurício rigotto, com admiração.
anteontem assisti johnny & june. & o tempo inteiro fiquei pensando no quanto ka$h & dylan tem em comum.
ambos levavam uma carreira em ritmo frenético, excursionavam sem parar (a never ending tour de bob segue até hoje) & como conseqüência acabaram entupidos de boletas. durante a infância, sentiam enorme paixão pela música popular que rolava nas rádios locais (country & folk & western & boogie & gospel & traditional & cajun & bluegrass & honky tonk & blues…). na gênese, se envolveram com música da mesma forma (ainda que os quase dez anos de diferença na idade possibilitaram a dylan viver o boom do rock ainda na adolescência). mas zimmerman não tinha um relacionamento tão tempestuoso com o pai, & nem o apego religioso, & nem a tragédia com um irmão tão próximo (ainda na infância) como o lendário homem de preto. & ka$h fora profundamente marcado por isso tudo.
lembro que no alta fidelidade, rob gordon comenta algo como “tenho que admitir que meu livro predileto é ka$h, a biografia de johnny ka$h, escrita por johnny ka$h”. prefiro o filme do que o livro. & talvez me arrependa de escrever isso porque um monte de alternativos de plantão vão me cacetear defendendo o nick hornby (mas vai ser divertido). o fato é que o livro preferido do rob nunca vai chegar ao brasil, & johnny & june é uma bela oportunidade de conferir um pouco da biografia do ka$h.
todo mundo fala do verão de 1964, quando al aronowitz intermediou o encontro de dylan com os quatro cabeleiras do pós-calipso, & de como o judeu safado teria apresentado o fuminho do capeta aos rapazes (o que é um equívoco, porque john & george já eram chegados num beiseball). ok, foi um acontecimento marcante, eles se admiravam, se influenciavam, ficaram amigos & mudaram o mundo. mas pouco antes desse encontro, no newport folk festival (não no da eletrificação, mas na edição anterior), bob tinha conhecido alguém que lhe era muito mais caro, & que howard sounes comenta na biografia não-autorizada do artista (& que o cara daquele livro do comedor de xis – que é bem legal – comentou que o peninha achou a obra meio hebe camargo):
“Apesar do novo trabalho ter recebido críticas positivas e negativas, o festival foi pessoalmente importante para Bob porque ele finalmente conheceu o artista country Johnny Cash, com quem estivera se correspondendo e cuja música ele admirava há tempos. Bob e Johnny ficaram tão felizes por se conhecerem que, juntamente com Joan Baez e June Carter Cash, puseram-se a pular para cima e para baixo na cama do quarto de motel de Cash, ‘como crianças’, como este descreveu“. (p. 148 da edição brasileira, da konrad).
a partir daí, a presença de ka$h é sentida em fatos pitorescos da carreira de dylan. um ano depois, novamente no newport folk festival (aí sim), após o set elétrico de zimmerman (que derrubou o cu dos caretas & a gente pode ver & rolar & chorar & rir, no no direction home), bob volta ao palco (uns garantindo que aturdido pelas vaias, outros dizendo que rindo da armadilha que ele mesmo programara). estava com um violão em punho. foi aplaudido pela platéia, & quando pediu uma gaita trêmula emprestada, o público prontamente providenciou centenas. mas aquele violão, quem emprestou para ele, nos bastidores, fora ka$h.
bootleg series: as sessões de dylan & ka$h
em fevereiro de 1969, dylan estava em nashville gravando a (ótima) peça de country/folk-rock nashville skyline. no mesmo estúdio, ka$h também trabalhava em seu novo álbum. resolveram registrar umas canções juntos. bob johnston, produtor, conta que eles pegaram seus violões & simplesmente começaram a tocar… por umas duas horas. Foram umas dezoito músicas, & em algumas foram acompanhados por membros da banda de ka$h. dessas, apenas uma foi parar no disco de bob. uma versão suja & marcante de girl from the north country, que abre o disco. ainda assim há peças preciosas que nunca viram a luz do dia (apenas em versões piratas): matchbox, that’s alright mama, walk the line, ring of fire… essas outras canções estão presentes numa série de títulos piratas.
num do números da (então ressucitada) revista bizz, aproveitando o lançamento do documentário de scorcese & o volume sete da antológika bootleg series de dylan, produziram uma matéria bem legal sobre esses lendários registros de dylan que acabam vindo a tona em lançamento piratas fuleiros, com qualidade sofrível. a alegria dos fãs é quando esses tesouros são oficializados com qualidade decente nas bootlegs series. e o pessoal da bizz apostou na oficialização das sessões no porão da big pink, que já garantiria uma caixa com vários CDs (e seria incrível!). but, ainda mais com a onda por causa de johnny & june, prefiro acreditar (e torcer) pelo lançamento dessas sessões de dylan & ka$h em nashville.
para quem não agüenta esperar, esses registros circulam pela internet, & são facilmente encontradas nos mais diversos compartilhadores de arquivo. só posso dizer que vale a pena. procure pelos bootlegs “nashville 1969″ & “aces & diamonds”, ou mesmo por “dylan & cash sessions”.
outra da biografia escrita pelo sounes (p. 215): “De todas as estrelas da música que tinham suas bases no sul, a relação mais calorosa de Bob foi com Johnny Cash. Um sinal de afeição por Cash foi ele ter deixado de lado sua profunda implicância com a televisão para se apresentar na estréia do programa de televisão de Cash, gravado ao vivo no Ryman Auditorium, em Nashville – lar do Grand Ole Opry – em 1º maio de 1969“. na época, dylan andava completamente recluso. o fato da gravação ser com platéia, & de que nada poderia dar errado (seria take único) o deixou visivelmente perturbado (ou fora apenas uma paranóia, fruto dum baseado, maybe). ainda assim ele tocou três canções, sendo acompanhado por ka$h em girl from the north country. mas o show foi um enorme sucesso do programa, sendo reprisado várias vezes & colaborando com a promoção das vendas de nashville skyline. o áudio da performance também é encontrado nos títulos piratas listados acima.
nota de rodapé: recados achados no lixo
desde 1964 que dylan tinha um fã obsessivo chamado alan jules weberman. o mala incomodava muito: organizava manifestações em frente a residências de bob, publicava matérias dizendo que deviam ser feitos testes com a urina do rockeiro para constatar que ele era viciado em heroína, entre outras barbaridades. a verdade é que weberman era um junkie doidão & colecionava condenações pelos mais diversos motivos, desde vender maconha até agressão a um policial. entre suas pérolas, há o “método dylanológico” para se interpretar mensagens ocultas nas letras de bob. bobagem pura. em agosto de 1970, o retardado roubou um saco de lixo da casa do artista. chegou a desenvolver um método que consistia em se valer do lixo como base para artigos de jornal (que resultou no livro my life in garbology – minha vida na lixologia). entre as coisas que ele achou no lixo de dylan, havia o início de uma carta para johnny ka$h.
o judeu, o kountry & discos… menores???
após a monstruosamente genial trilogia de 1965/66 (composta pelos lendários álbuns bringing it all back home, highway 61 revisited & blonde on blonde) a crítica, o público & os fãs estranharam o direcionamento de dylan. john wesley harding (no finalzinho de 1967) & nashville skyline (1969) eram discos de country-rock. a diferença era evidente, mas como se tratavam de trabalhos com qualidade inquestionável, & apontou caminhos seguidos até mesmo pelos beatles & os stones (no álbum branco & beggars banquet respectivamente), & venderam bem (especialmente nashville skyline, empurrado pelo hit-single lay lady lay) ninguém ralhou muito. apenas alguns radicais que queriam de volta o ícone de protesto, herói da contracultura, que dylan havia se (ou sido) transformado.
os trabalhos seguintes, na mesma linha, não foram perdoados. até hoje são apresentados em biografias & resenhas como álbuns menores, de importância secundária. sem dúvida, são afirmações injustas. na verdade, são idiotices que foram se propagando com o tempo.
o country sempre esteve presente na vida & na carreira de dylan, desde sua infância & perpassando quase todos os seus discos. sobre os primeiros álbuns, deve ser dito que a fronteira entre o country & folk é bastante tênue, & os gêneros as vezes se misturam, andam juntos & geram peças híbridas. o country tem uma forma simples, variando sobre temas similares & sobre tradição, ainda que o gênero se estilhace numa enorme variedade de estilos. já o folk (o termo vem de folk+lore, conhecimento do povo, o “folclore”) é composto por canções que foram passando pelas gerações através da tradição oral. & ambos tem uma origem (e letras com temática) rural. assim, tanto o folk como o country (e seus vários sub-estilos) sempre estiveram incorporados na sonoridade de dylan, desde que ele se apaixonou por aquelas canções no rádio, em sua infância, & as foi conhecendo, pesquisando & tocando até que alcançasse o estrelato.
a influência country sempre esteve presente na obra de bob. desde o primeiro álbum. até na trilogia de 1965/66 isso é sentido. seja numa levada caipirosca, no dedão pesado em algumas canções acústicas, ou mesmo na guitarrinha country de faixas de bringing it all back home & até blonde on blonde. usar esse pretexto para achincalhar álbuns como john wesley harding, nashville skyline & os posteriores é uma enorme bobagem. o country sempre esteve & estará no som de dylan.
com o sucesso comercial de nashville skyline, bob voltou aquela cidade em seguida, no final de abril de 1969, com vários songbooks. informou ao seu produtor, bob johnston, que queria gravar um disco com músicas de outros artistas. começava a gestação de self portrait. um dos motivos que levou dylan a tomar essa decisão era o fato de que, em virtude de contratos anteriores, suas composições geravam rendas para albert grossman, manager com quem estava brigado. assim, gravando músicas de terceiros, bob negava a grossman a renda de publicação. Também, pesando nesse sentido, tinha o fato de que continuando a gravar em nashville, ele se via cercado por pessoas de uma tradição musical que amava. era o cenário & os estúdios de onde haviam saído johnny ka$h & uma série de outros heróis que dylan admirava, especialmente na adolescência. tanto é que usou, nas seções, vários músicos que já haviam gravado com elvis, como bob moore, delores edgin & millie kirkham.
as gravações foram um tanto irregulares, & após ter se mudado de woodstock, dylan rompeu com nashville. tratou de gravar o restante álbum no estúdio da kolumbia em nova york. o motivo nunca ficou claro, o fato é que o rompimento foi deveras brusco, & os músicos de nashville ficaram magoados, como charlie mccoy & kenny buttrey, especialmente por não serem avisados, & nem terem recebido ao menos uma cópia do disco, após o lançamento.
self portrait foi lançado em junho de 1970 & a crítica simplesmente destruiu com o álbum. composto pelas covers, algumas faixas ao vivo & até temas instrumentais (a faixa wigwam, que no brasil virou tema da tv record, dez anos depois), todos se decepcionaram por bob, o grande poeta, não ter apresentado uma quantidade maior de material inédito. especialmente pelo fato do disco ser duplo. greil marcus, o erudito do rock (autor de a última transmissão, lançado esse ano na coleção iê-iê-iê da konrad), escreveu uma crítica para a revista rolling stone que já iniciava perguntando “que merda é esta”. geralmente adulado pela mídia, pela primeira vez dylan era alvo de deboche & pancadas.
por mais suspeito que eu seja, não acredito que o disco mereça tamanho desprezo. não era a primeira vez que bob mudava a sua “direção” musical, & o flerte com o country estava entalado na garganta de muita gente. continuavam a se decepcionar porque o rockeiro ia explorando caminhos novos sem ligar para o que os outros esperavam. pela primeira vez, ele se valeu de “enfeites” como arranjos melosos de cordas, sopros & acompanhamentos vocais. o resultado foi diferente de tudo que o artista já havia produzido, mas não de todo mal. uma faixa que se encaixa totalmente nessa proposta nova, & que foi detonada na época, é a primeira do álbum: all the tired horses. exagero. não é uma música má. anos depois chegou a ser incluída na (excelente) trilha sonora do (puta) filme profissão de risco (com o gatinho do johnny depp). ainda, o álbum trazia covers de blue moon (sucesso na voz de elvis), the boxer (de simon & garfunkel) entre outras. nem a versão ao vivo na ilha de wight de like a rolling stone, countryzona, foi polpada. mas, ninguém nega que o disco tenha momentos fortes, marcantes, como its hurts me too (parecendo ser dedicada a uma amante com um filho) & gotta travel on, de paul clayton.
segundo al kooper, bob ficou chateado com a má recepção de self portrait, & assim tratou de trabalhar num novo disco imediatamente, com canções novas. dizem que por ciúmes pelo produtor bob johnston, & os músicos charlie daniels & ron cornelius estarem tocando na turnê de leonard cohen (outro grande poeta-rockeiro-judeu), dylan teria dispensado-os, & colocou kooper para produzir seu novo álbum. & assim, ainda em 1970, apenas três meses após self portrait, new morning foi lançado (pouco antes do lançamento já atrasado do livro de bob, tarantula).
a rolling stone até recebeu new morning de maneira mais calorosa. a resenha de ralph j. gleason tinha como título “dylan está de volta!”. mas a opinião geral era uma bobagem. não podendo cacetear as músicas, indiscutivelmente boas (e no mesmo estilo do de self portrait, só que com apenas temas de autoria do próprio cantor) afirmavam que bob havia se vendido. o álbum era realmente mais leve, mas ótimo. gleason escreveu que o escutara dez vezes & não tinha encontrado uma única faixa ruim. & é verdade. mas não podiam dar o braço a torcer, & estava sendo bonito transformar dylan novamente em judas.
muitas faixas eram ainda das sessões de self portrait. a ótima if not for you foi lançada naquele mesmo ano no inacreditável álbum triplo de george harrison, all things must pass. ele & bob eram muito próximos. & no futuro, a música seria um sucesso na voz de olivia newton-john. diziam que went to see the gypsy falava sobre um encontro com elvis presley, mas dylan nunca admitiu nada nesse sentido. if dogs run free vinha com um arranjo jazzístico. three angels era, na verdade, sobre uma decoração que bob viu numa igreja, & um crítico da época afirmou que a canção era sobre a humanidade. a faixa título & outras duas canções do álbum haviam sido compostas para uma peça de teatro de archibald macleish, mas não foram entregues a tempo. na época, a universidade de princeton deu ao rockeiro o título de doutor em música honoris causa. durante a cerimônia, uma nuvem de gafanhotos pouso sobre árvores em frente ao prédio, no campus, onde estava ocorrendo a solenidade. david crosby (ex-byrds & então membro do crosby stills nash & young) tinha acompanhado dylan & sara até cerimônio & disse terem fumado uma baseado fortíssimo. achou o som dos gafanhotos esquisito & alto & pensou que sua cabeça fosse explodir por causa dele. inspirado pelo comentário, bob compôs day of the locust.
new morning novamente fora castigado por que dylan não era mais um cantor “de protesto”. apesar disso, a crítica confirmou que as canções eram boas, sem saber que muitas eram das sessões do massacrado self portrait. & até 1973 nenhum outro álbum do artista foi lançado (apenas uma coletânea, “more greatest hits”, que até trazia algumas faixas inéditas). foi quando surgiu a oportunidade de bob compor a trilha sonora & atuar num faroeste de sam peckinpah (ele admirava o diretor, & de maneira especial a película meu ódio será tua herança). as filmagens foram um tanto caóticas (com o diretor bêbado todo o dia), mas a atuação do rockeiro, num papel coadjuvante, ficou boa. & a trilha foi composta fora dos moldes habituais. sem se preocupar com a duração & os cortes das cenas, dylan foi produzindo temas instrumentais. cercado por um grupo bastante eclético de músicos, que incluíam booker t. & roger mcguinn (o roger magrinho), o resultado impressionou bruce langhorne, que era acostumado a trabalhar com trilhas sonoras: “me dei conta de que não tinha a ver com fazer a trilha” diz ele “mas com captar a emoção do filme”. a trilha incidental evoca em alto grau o faroeste. & bob fora aclamado pelo trabalho. o engraçado mesmo é perceber que o disco acabou vendendo bem, uma vez que possui poucas faixas acabadas, & soe mais como uma miscelânea de temas instrumentais, incidentais & temáticos. mas o hit knockin’ on heaven’s door foi um tremendo sucesso (sendo regravada por eric clapton, os farofeiros ridículos do guns’n'roses, zé ramalho é uma penca de outros artistas). é apenas engraçado constatar que um disco de recortes de temas do filme tenha sido bem recebido, uma vez que trabalhos anteriores, bem montados & acabados, tenham sido caceteados sem perdão.
encerrando essa fase mais caipiresca, & injustamente apontada como fraca, existe um disco que foi lançado sem que a gravadora consultasse o artista. em 1973, seu contrato com a kolumbia expirou, & bob assinou com geffen, se mudou para a asylum (subsidiária da elektra, que depois se tornou o “e” da wea) & gravou dois discos incríveis com a the band (planet waves & o ao vivo convulsivo before the flood). mas antes desses lançamentos, & para concorrer com eles, a kolumbia lançou um disco de sobras de estúdio. composto por canções gravadas durante (e entre) self portrait & new morning, o lp, que fora batizado simplesmente de dylan, mal foi escutado. sua fama, por ser um amontoado de restos de discos considerados fracos, era o suficiente para consagrá-lo como o pior trabalho de toda a vasta discografia do rockeiro. novamente, não vou ficar arrolando razões em defesa de um álbum massacrado. digo apenas que, dentre todos esses títulos, desde o início da década de 1970, acho que aí está o meu favorito. um tiro curto (são apenas nove canções) & que até pode soar kitsch (não que eu me importe). mas lado “a” é irrepreensível. abre com lily of the west, seguida por i can’t help falling in love (elvis) antes de emendar a vibranta sarah jane, para fechar com uma canção tradicional, spanish is a loving tongue. o lado “b” também é muito legal, com direito até a big yellow taxi (da joni mitchell) & a fool such as i (outra de elvis).
por fim, concluo apostando em todos esses discos menosprezados. fatores históricos levaram ao seu obscurecimento, por um preconceito contra o country & uma vez mais por dylan ter optado por rotas distintas para sua carreira musical. um feito que decepcionou a crítica, & acabou marcando tais obras. entretanto, hoje, com um distanciamento que permite uma análise mais fria daquilo que realmente importa, que são os discos, eles parecem coerentes & consistentes. aprecie sem preconceitos, nem que seja para concluir que não passo de um dylanófilo cretino esperneando por bobagem.
por rodrigo de andrade (garras)
Nota, a foto acima, na qual o autor aparece deitado entre diversos discos ‘dylanescos’ é de autoria de Roberta Scheibe.